Abertura da exposição poética “Entre a Toga e a Lira” recebe quase 100 pessoas e emociona público interno e externo do TJRO
No último dia 9 de setembro, o Centro Cultural e de Documentação Histórica (CCDH) do Judiciário, vinculado à Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron), realizou a abertura da exposição poética “Entre a Toga e a Lira” em homenagem ao Desembargador Dimas Ribeiro da Fonseca, na sala multifuncional do Centro, que contou com a presença de magistrados(as), servidores(as) e amigos(as). Uma comoção em torno da exposição foi vivenciada pelo público presente, quando o próprio homenageado adentrou ao local acompanhado de seus familiares com os olhos cheios de lágrimas.
Para a organização do evento, foram realizadas, desde julho deste ano, pesquisas, visitas à residência do desembargador, entrevistas, gravação, curadoria de poemas, objetos, fotografias, higienização e restauração de objetos com um grande apoio administrativo.
Após a fala de abertura, realizada pelo Diretor da Emeron, desembargador Alexandre Miguel, uma carta foi entregue nas mãos de Dimas Ribeiro da Fonseca Júnior, filho do homenageado. O documento foi escrito por Júnior durante sua infância, dedicado a sua mãe, e foi encontrado no processo de curadoria de fotografias físicas do álbum de posse do Desembargador Dimas na Presidência.
Para a filha mais nova de Dimas, Marianna Fonseca Borges, a exposição trouxe a oportunidade de se debruçar sobre as obras do “papai”, como ela o chama, pois no cotidiano, acabam não aproveitando essa arte que eles possuem “Vocês nos deram a oportunidade de ler com mais empenho, de redescobrir a escrita do papai e descobrir também um lado dele, podemos ver o quanto ele é sensível, que a poesia vinha de coisas do cotidiano. Então, para nós, o mais bacana da exposição foi o incentivo de estar em contato com a poesia dele. Hoje temos a capacidade de sentir o que ele sentiu na época em que escreveu e naquele período. Vocês estão dando um grande presente pra gente, uma homenagem em vida”, disse.
Dando continuidade à abertura do evento, o público foi conduzido para o auditório do CCDH, com um debate sobre as obras literárias do Desembargador e o seu legado. O momento foi mediado pelo poeta rondoniense Elizeu Braga e contou com a participação do Diretor da Emeron e do filho do homenageado, Dimas Júnior. Também estavam o juiz Bruno Darwich, a servidora aposentada Júlia Sânia e os servidores(as) Almicio Fernandes, Edson Brás, Kátia Miranda, que atuaram na peça teatral “O Crime de Giletilândia” e representaram o elenco. Cada um selecionou poemas de autoria do Desembargador Dimas que foram declamados para o público, seguidos de recordações da arte do poeta.
O objetivo da exposição poética é estimular a participação do público interno e externo nas discussões literárias, o interesse pela leitura e pelas artes através de práticas artísticas e ofertas de atividades culturais para a valorização do patrimônio cultural e documental do PJRO, dando visibilidade à obra literária do Desembargador aposentado Dimas Ribeiro da Fonseca.
Após a abertura da exposição, Mariana Fonseca Borges, em nome da família, foi até a equipe do CCDH para agradecer à equipe. “Venho em nome da minha família agradecer pela doce noite que vocês nos proporcionaram. Parabéns pelo trabalho minucioso, dedicado e carinhoso que cada um dedicou a esse projeto. Nossa família ainda está se deliciando com as palavras ouvidas, o carinho recebido e a beleza da ambientação feita por vocês. Temos certeza que vocês conseguiram acessar a memória e o coração do nosso pai. Saibam que nossos corações estão abrasados de gratidão e reconhecimento, porque recebemos muito mais que uma homenagem, recebemos um pouco da essência e da entrega de cada pessoa envolvida. Mariana encerrou a fala com uma frase de Cora Coralina “Nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”, concluiu.
Oficinas de escrita criativa e confecção de livros artesanais
Ministrada pelo escutador/contador de histórias, poeta, ator e artista visual, Elizeu Braga, as oficinas de escrita criativa e confecção de livros artesanais foram realizadas como parte da programação de abertura do evento, sendo um espaço livre de aproximação entre autor e leitores e prática artística.
Durante as oficinas, o poeta partilhou um pouco do processo criativo com a palavra, desta forma, estimulando os(as) participantes a escreverem da sua própria maneira e a confecção de livro artesanal em cartoneros, uma forma de ter uma autonomia com processo de produção da própria.
Para a estudante de biblioteconomia da Unir, Isabele Medeiros, a confecção de livros artesanais foi uma experiência agradável. “O espaço estava bem organizado e disponibilizaram todos os materiais que precisávamos. Isso facilitou bastante no aproveitamento da experiência, pois até quem não tivesse materiais poderia participar. Além do fato que eu me diverti bastante pintando uma capa, aprendi um pouco mais sobre esse universo de criar um livro. Foi muito interessante saber que existem várias formas de fazer um livro, tanto do modo como foi ensinado, quanto das formas criativas que o ministrante da oficina deixou dispostas na mesa para caso quiséssemos ver outras ideias de como fazer um livro”, contou.
A exposição poética “Entre a Toga e a Lira” fica disponível para o público geral até o dia 2 de outubro, das 10h às 17h, na sala multifuncional. O CCDH é localizado em frente à Praça das Três Caixas d’água, na Av. Rogério Weber, 2396, Caiari.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
Permitida a reprodução mediante citação da fonte Ascom/Emeron
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